Era um quase amor. Desses que você são intensos e em demasiado expressivos. Beijos de perder o fôlego, palavras românticas, excitação, troca de mensagens. Nada era simples, tudo carregava o desejo de se consumirem. De se encaixarem, de se amarem e encontrarem paz nas horas que passavam juntos. Mas o tempo era cruel com eles, se arrastava nas horas de solidão e passava com rapidez ao encontrarem a felicidade da presença do outro.
Nunca encontrei casal com tanta química, física, matemática e todas as matérias possíveis. Ele, um rapaz belo nos seus vinte e poucos anos, forte, determinado. Já tinha apanhado algumas vezes do amor, mas por essa garota tinha batalhado, estava comemorando essa vitória de tê-la perto. Ela, recém chegada na casa dos dezenove. Bela, viva, jovem. Com um coração todo amolecido, por esse soldado.
Mas não se encham de esperança, eu disse que era um quase amor. Quase. Porque pra ser um amor por completo, é preciso que a conquista seja diária, que a força para lutar pelo outro seja infinda. E que haja reciprocidade. O nosso guerreiro, cantou vitória antes de terminar a luta. A moçoila se cansou de tanto orgulho e pouca ação e foi procurar não se deixar levar por esses soldadinhos de chumbo.
Adeus. Foi o que ela disse. Não mande um soldado fazer o trabalho de um capitão.
Era um quase amor, mas foi guerra perdida.
oi
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